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Viagem de carro pela América do Sul

agosto - setembro / 2009

Dicas importantes:

  • A partir de agora você deve estar preparado com comida pois postos de estrada como temos no brasil são raros. Você não vai ficar sem gasolina na estrada mas é  capaz de não achar restaurantes onde a comida lhe agrade (especialemte se for vegetariano).

  • Cheque os freios e calibre o carro antes de começar a viagem pois atravessar os andes sem um bom sistema de freios pode se perigoso. Na descida das montanhas o carro começa a tremer, achamos estranho mas não tivemos problemas.

  • Se você for atravessar o Atacama tenha certeza de trazer colírio, bastante água (pois não tem muitas paradas no caminho).

  • Se você sofre de enjoo fácil e pressão deve se preparar para as altas altitudes. Eu fiquei bem zonza nos primeiros dias.

  • Abasteça o carro sempre que possível, especialmente quando estiver atravessando o deserto do Atacama.

  • Levar um GPS!!! Do contrário, compre o mapa de estradas mais atualizado que você encontrar dos paises que for atravesar.

Saímos de Brasilia dia 19 de agosto de 2009 / quilometro zero.

Paramos em Maringa - PR para dormir e seguir para Foz do Iguaçu e paramos por um dia para ver as cataratas (vale a pena).

22 de Agosto, 2009 / Quilômetro 1.720 da viagem. 

      Saída de Foz do Iguaçu as 6:00 horas em direçao a Asuncion, Paraguai.

Saída cedo é necessária para evitar o comércio louco de vendedores de rua que se encontra na entrada do país. Assim que passamos do centro da cidade Del Est o resto do caminho foi tranquilo. Não tivemos problemas nenhum com a polícia. Estrada tranquila e reta. Não passamos por dentro de nenhuma cidade ate chegarmos a cidade de Asuncion. Chegada a Assunção foi confusa e nos perdemos por algumas horas. Há placas mas são confusas e poucas e tem que passar por dentro da cidade para atravessar o Pais.

      Em Assunção também foi bem difícil de achar um Hotel e so achamos depois de perguntar a varias pessoas (com meu portunhol) e o mais barato foi um hotel tipo pousada que pagamos 55$ por quarto de casal.

23 de agosto / Quilômetro 2.082 da viagem.

      Saída de Assunção em direçao à Argentina, viaje com o farol baixo aceso. As sinalizações não são boas mas qualquer pessoa que você pedir informação vai te ajudar. Entramos no país e fizemos 100km de estrada de terra até a cidade de Clorinda com destino à cidade de Formosa e seguindo depois à Corriente, pretendíamos dirigir até a cidade de San Salvador de Jujuy no mesmo dia.

      As estradas são bem retas e boas em quase todo o trajeto. Não conseguimos chegar a Jujuy neste dia pois nos perdemos em Avia Terai, lá o cruzamento  é meio confuso e fomos parar em uma cidade chamada Campo Largo onde encontramos um hotel bem simples na beira da estrada e pagamos 30 reais por quarto duplo.

24 de agosto  / Quilômetro 2.670 da viagem.

 

      Saindo de Campo Largo as 7:20 da manhã e parando em Joaquim V Gonzales para almoçar. A estrada é boa e continua reta. A paisagem começa a ficar mais verde e a começamos a subir os Andes.

Trajeto incrível daqui pra frente vale a pena parar para tirar muitas fotos! Nos recomendaram parar emTilcara, cidade linda e rústica, que fica no meio das montanhas a 2.500 metros de altitude e vale a pena explorar a região. Hotéis não são muito baratos pagamos 240 pesos por dois quartos duplos.

25 de agosto de 2009 / Quilômetro 3,425 da viagem.

 

      Saímos de Tilcara de volta à rota da viagem em direção à Calama no Chile. 

Passamos pelo Salar de Atacama, parada obrigatória. Almoçamos em um restaurante de estrada perto de Susques ainda atravessando os Andes. Nesse ponto comecei e sentir uma leve tontura, mas ela não atrapalhou a viagem.

      Não se assuste quando ao passar da fronteira da Argentina para o Chile não encontrar a fronteira (Aduana) Chilena, ela está localizada na cidade de San Pedro de Atacama. A partir daqui o clima se torna bem seco. Paisagem continua montanhosa e linda. Calama não é uma cidade muito bonita e não tem muita sinalização foi difícil de achar um hotel que não fosse muito caro.

26 de agosto de 2009 / Quilômetro 3.991 da viagem.

      Saindo de Calama em direção a Arica cidade fronteira Chile/Peru. Em geral a estrada estava ótima só com alguns pedaços ruins. A paisagem aqui é bem interessante, a terra é meio esverdeada por causa da quantidade de cobre. Entramos agora na zona das dunas gigantes, incrível como a estrada corta o deserto fora a fora e continua em estado perfeito. Muito boa de dirigir mas da um pouco de medo quando a estrada beira as dunas nas alturas e em alfuns pontos você verá pequenas vilas entre duas ou mais dunas.

      Em Arica também não foi fácil achar hotel, mas quando resolvemos ir em direção à costa achamos um hotel muito gostoso literalmente na beira da praia. Ficamos no Hotel Chinchorro e pagamos 92$ por dois quarto duplos de frente para o mar.

27 de agosto de 2009 / Quilômetro 4.630 da viagem.

 

      Saímos de Arica em direcao a Puno no Peru, atravessando a fronteira as 10:50.

Paramos em Tacna por duas horas na esperança de achar um mapa das estradas do Peru e  achamos, mas não era muito bom rs.

Para sair da cidade foi meio chatinho e tivemos que pagar um taxista para nos guiar. De Tacna até Moquegua foi um trajeto montanhoso e difícil. A altitude faz o carro perder força e as curvas sinuosas também não ajudam, no entando a paisagem compensa o trabalho. Depois de Moquegua você tem a opção de ir ou pela Interoceanica Sur (que não estava pronta em 2009, mas no nosso lindo mapa dizia que existia uma estrada) ou por Desaguadeiro (que eu recomendo a não ser que você esteja à procura de aventura). A Interoceanica Sur foi a rota que tomamos, mas assim que chegamos até ela ficamos um pouco preocupados pois não havia uma estrada definida, tirando o fato que era estrada de chão, e totalmente sem sinalização. Foi adrenalina pura (risos) e pra completar nossa aventura estava começando a anoitecer. 

      Chegamos a Puno as 21hr e super cansados. Vimos muitos hotéis e pousadas na entrada da cidade meio duvidosos e resolvemos não arriscar. Chegando ao centro achamos um hotel bem agradável (Hotel El Lago) pelo preco de 26$ por quarto de casal. A cidade tem a sua beleza mas é uma cidade pobre e um trânsito meio bagunçado.

28 de agosto de 2009 / Quilômetro 5.133 da viagem.

 

      Demos uma volta na cidade de Puno pela manhã. Fomos conhecer o famoso lago Titicacaa (o  lago navegável mais alto do mundo 3.811 metros acima do mar) conhecemos alguns turistas por la que recomendaram o passeio de barco mas já estávamos sem tempo.

A estrada até Cusco não é muito boa e atravessa as cidades pelo centro le o trânsito atrapalhou um pouco.

      Chegamos a Cusco ainda era dia, paramos o carro na Plaza San Francisco e saímos a pé para achar algum hotel que não fosse muito caro, nesse meio tempo nos roubaram o espelho retrovisor do carro.

Achamos um hotel barato descendo a avenida El Sol chamado Hotel Andre que era bem agradável.

29 de agosto de 2009 / Quilômetro 5.370 da viagem.

 

      Tiramos o dia para passear pela cidade de Cusco. Visitamos o museu Inca que fica perto da Praça de  Armas, o qual valeu a pena, se não fosse pela falta de informação sobre os objetos em exposição. Eh recomendado que você alugue um guia se quiser alguma informação sobre a historia da região ou comprar um livro bom. À tarde visitamos algumas das ruínas Incas que ficam no topo da cidade a Fortaleza de Sacsayhuamán que você pode ir à pé ou pegar um taxi que foi bem barato. A entrada do lugar é um pouco cara, mas vale a pena e a vista lá de cima é incrível.

      A comida na cidade é boa, mas nos recomendaram a não comer saladas e frutas pra evitar má digestões... Decidimos que iríamos visitar a cidade perdida de Machu Pichu no dia seguinte mas os pacotes nas agencias eram muito caros e conversando com a dona do hotel conseguimos com ela um senhor que organizava grupos de passeios pra la mais baratos.

30 de agosto de 2009

 

      Nosso pacote incluiu um ônibus até Ollantaytambo, um trêm até o povoado de Machu Picchu, uma van até o topo da montanha e a entrada. É possível pegar um trem direto de Cusco até Machu Picchu mas é mais caro. O trêm levou uma hora ou mais e a van levou mais uns 30 minutos. Em Machu Picchu fez muito calor, é recomendado levar chapéu para aguentar o sol, comer antes de chegar la e levar água pois não é permitido comida no sitio.  Na volta estávamos exaustos e dormimos quase a volta toda.

31 de agosto de 2009

 

      Passamos a maior parte do dia 31 tentando resolver a situação do espelho retrovisor roubado. A concessionária queriam cobrar um valor muito mais caro do que achamos correto e ia levar mais de uma semana. Já que nã podíamos sair do pais sem consertar o espelho fomos atrás de oficinas menores, perguntamos muito, mas  achamos uma loja onde consertaram o espelho por  um valor razoável. Tudo resolvido decidimos descansar e depois ir ás compras. Prata, pedras, couro e muitas coisas feitas de lã de Alpaca e Lhama são baratas, mas você tem que pechinchar sempre.  

01 de agosto de 2009 / Quilômetro 5.554 da viagem

 

      Saímos cedo com destino a La Paz na Bolívia. A estrada beira o Lago Titicaca e a paisagem é linda. Já a fronteira do Peru com a Bolívia é uma bagunça. Para sairmos, enfrentamos uma fila enorme e chata.  E na hora de passar pela imigração da Bolívia a desorganização só piorou. Carimbamos os passaportes sem problema, mas quando chegou a hora de registrar o carro não conseguimos achar a posto da fronteira que era responsável por essa parte. Fomos informados que esse posto se encontrava na próxima cidade e resolvemos seguir viagem. Chegando a uma barreira militar antes da cidade de La Paz perguntamos aos policiais se ele podiam nos informar onde podíamos registrar o carro, no entanto o policial não sabia de nada e todas pessoas que perguntamos no caminho também não sabiam. Durante nosso trajeto através da Bolívia ouvimos muito dos policiais bolivianos a espressao “Propina” ou “ Você me ajuda que eu te ajudo”. Foi uma experiência meio desagradável atravessar esse país. Em La Paz achamos hotel fácil, mas a cidade tem um trânsito um pouco caótico, e ninguém respeita leis de transito. Vimos gente dirigindo na contra a mão e atravessar o sinal vermelho o tempo todo. 

02 de agosto de 2009 / Quilômetro 6.199 da viagem.

 

      Saímos de La Paz as 6h da manhã e para a nossa surpresa o vidro do carro estava congelado e cheio de neve. O caminho até Cochambamba foi trânquilo, mas ao chegar na saída da cidade ficamos parados por uma hora por causa de um protesto bloqueando a única saída da cidade para a auto-estrada. Na tentativa de contornar o bloqueio pedimos informações a um senhor e ele se ofereceu para ir com a gente e mostrar o caminho. Ficamos um pouco relutantes, mas o senhor nos guiou direitinho e lhe demos algum finheiro pela ajuda que o deixou feliz.  Dali em diante a estrada se dividia em dois caminhos e decidimos tomar o caminho de cima pela floresta amazônica que foi o aconselhado pelos locais. Entretanto, um acientede de caminhoes trancou a pista por 4 horas e ficamos parados na serra. Quando finalmente conseguimos sair de lá já estávamos estressados, cansados e com certo medo. Estava anoitecendo e não haviam mais muitos carros passando e a estrada sem ilumicação assustava um pouco. Achamos um hotel (hotel Cesar) na beira da estrada em Vila Tunari. O hotel foi um alívio e era bem confortável, com ambiente envolto pela natueza.

03 de agosto de 2009 / Quilômetro 6.733 da viagem.

 

      Saímos as 8h da manhã na tentativa de chegar à fronteira da Bolívia com o Brasil. Depois de atravessar Santa Cruz pegamos um trajeto enorme de terra que nos atrasou muito (hoje esse trajeto já está pavimentado) já que não dava pra andar mais rápido do que 60km/h paramos às 8 da noite em uma cidade, no meio do que parecia um nada, chamada Robore, e passamos a noite por lá.

04 de agosto de 2009 / Quilômetro 7.465 da viagem.

 

      Saímos cedo em direção ao Brasil. Logo ao sair do hotel paramos no único posto de gasolina da cidade  de Robore (em situação muito precária) e ao entrar no posto de gasolina um policial veio até a gente alegando que habiamos entrado no posto de gasolina pela saída em vez da entrada (ps: não existiam nenhum tipo de sinalização na cidade quanto menos no posto) (ps2: o chão era de terra, não tinha entrada ou saída).  Chegamos na fronteira (km 7719 da viagem) e tivemos que pagar 60 dólares de propina pro policial nos "ajudar" para sairmos do país por não haver o documento de autorização do carro (e por termos tentado fazer o correto avisando da nossa dificuldade de conseguir resistrar a entrada do carro na Bolívia). Resolvemos dirigir até Bonito e aproveitar o feriado de 7 de setembro na cidade.

05/08 de setembro de 2009 /  Quilômetro 8.100 da viagem.

 

      No entanto, ficamos presos em bonito por 4 dias (queríamos aproveitar os pontos turisticos da cidade mas não foi possível) pois dois dos nossos viajantes contraíram algum parasita o qual desencadeou uma enorme perda de líquidos (para amenizar a palavra) e não saíram da cama durante esse período. Suspeitamos que foi por comer uma maça que compramos na beira da estrada na Bolívia.

 

09 de setembro de 2009 / Quilômetro 8.415 da viagem.

 

Chegamos em Campo grande (km 8415) por volta do meio dia e dirigimos direto até Brasília.

10 de setembro chegada a Brasília quilometragem final 9.504km.

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